A China anda observando muito mais do que os vídeos postados.
O comissário Brendan Carr compartilhou em seu Twitter uma carta que enviou tanto para Tim Cook, CEO1 da Apple, quanto para Sundar Pichai, CEO do Google, pedindo que removessem o TikTok da App Store e da Play Store. A alegação seria que o app chinês de vídeos curtos teria violado as políticas de privacidade das duas lojas.
Na carta e na rede social, Carr declara
que o TikTok “não vê apenas os vídeos de dança de seus usuários”, mas
também “coleta históricos de pesquisa e navegação, padrões de
pressionamento de tecla, identificadores biométricos, rascunhos de
mensagens e metadados, além de coletar texto, imagens e vídeos
armazenados na área de transferência de um dispositivo”.
O TikTok não é apenas mais um aplicativo de vídeo. Essa é a roupa do cordeiro. Ele coleta faixas de dados confidenciais que novos relatórios mostram que estão sendo acessados em Pequim. Pedi à @Apple e ao @Google que removessem o TikTok das suas lojas de aplicativos por seu padrão de práticas de dados clandestinos.TikTok is not just another video app.
— Brendan Carr (@BrendanCarrFCC) June 28, 2022
That’s the sheep’s clothing.
It harvests swaths of sensitive data that new reports show are being accessed in Beijing.
I’ve called on @Apple & @Google to remove TikTok from their app stores for its pattern of surreptitious data practices. pic.twitter.com/Le01fBpNjn
Carr disse, ainda, que o app representa um “risco de segurança
nacional inaceitável” por acessar dados confidenciais de usuários
americanos em Pequim (na China), onde fica a sede da ByteDance, dona do
TikTok. Ele completa afirmando se tratar de uma empresa “que pertence ao
Partido Comunista Chinês, o qual exige por lei que cumpram suas
demandas de vigilância”.
As alegações do comissário seguem a matéria do BuzzFeed, que divulgou áudios de funcionários os quais afirmavam que o app continuava fornecendo informações de usuários americanos para a China, mesmo após a empresa ter afirmado que os dados permaneciam nos EUA.
Essa história, entretanto, não é nova. Ainda no governo do
ex-presidente dos EUA, Donald Trump, muitas preocupações acerca dos
dados dos americanos sendo armazenados na China teriam sido trazidos à
tona até o ponto de tentar banir o app no país.
Como condição de funcionamento, Trump pedia que houvesse a participação de empresas americanas nas atividades do TikTok, o que a companhia chinesa relutou em aceitar. O intento acabou não se concretizando e a ordem foi revogada logo depois por Joe Biden.
Após a repercussão da matéria do BuzzFeed, o TikTok anunciou que estaria movendo todos os dados de usuários dos EUA para servidores da Oracle situados no país. Atualmente, a empresa utiliza seus próprios servidores baseados nos EUA e em Singapura para backups, mas que futuramente removerá os dados privados dos usuários dos EUA de seus próprios data centers. Para fornecer ainda mais garantia, a chinesa disse que realizará “mudanças operacionais”, incluindo a criação de um novo departamento com liderança americana para lidar com os dados americanos.
Resta saber se essas medidas contribuirão para o fim dessa novela ou se ainda teremos alguns capítulos.
Fonte:
Vovo GaTu
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Herley costa: