Em parceria com a Anatel e faculdades do Brasil, Receita Federal já transformou mais de 700 TV Box não homologadas em computadores para escolas públicas
As TV Box piratas apreendidas pela Receita Federal não precisam mais virar lixo eletrônico. A partir de agora, os aparelhos não homologados pela Anatel que são confiscados podem ser transformados em mini-PCs para escolas públicas. Apesar de simples, esses computadores devem ajudar estudantes de todo o Brasil a fazerem pesquisas e trabalhos.
As TV Box são aparelhos que recebem transmissões de canais de televisão pela internet no formato IPTV. Há dispositivos legalizados no Brasil com serviços gratuitos, como a Pluto TV, e pagos, como a DirecTV Go. Entretanto, uma parcela da população recorre a certos modelos não homologados pela Anatel para captar sinais de canais piratas.
Internamente, as TV Box contam com todos os componentes necessários para um computador funcionar, incluindo processador, placa de vídeo e memória próprios. Na maioria das TV Box não homologadas, o sistema usado é baseado no popular Android, mas também é possível instalar outros softwares, como o Windows.
Essas TV Box ilegais que permitem assistir à IPTV pirata são apreendidas pela Receita Federal e acabam no lixo. Para reciclar os aparelhos e ainda dar relevância social a eles, o órgão governamental elaborou o projeto Além do Horizonte, em parceria com a Anatel e faculdades brasileiras.
Projeto Além do Horizonte já criou 745 mini-PCs
Criado pela Receita Federal de Minas Gerais, o projeto Além do Horizonte já transformou 745 receptores de TV Box em computadores, até agora. Esses PCs são oferecidos a escolas e acompanham mouse e teclado — também obtidos por meio de bens apreendidos nos depósitos da Receita Federal.
Os componentes internos das TV Box não são os mais poderosos do mundo, já que são pensados para somente transformar televisões comuns em Smart TVs
e rodar aplicativos leves. Apesar disso, os mini-PCs criados pelo
projeto servem muito bem para estudantes que só precisam realizar
tarefas simples, como acessar a internet e escrever textos.
Os computadores são elaborados por profissionais da Receita Federal, da Anatel e de faculdades do Brasil, como a Universidade Federal de Lavras (UFLA), o Instituto Federal Sul de Minas Gerais, o Instituto Federal do Triângulo Mineiro, a Universidade Federal de Itajubá, entre outras.
Ainda
segundo a Receita Federal, alguns produtos não homologados apreendidos
são usados para “desenvolver produtos para plataforma de reabilitação
remota, robótica nas escolas, triagem SUS, TV Box como clusters, dentre
outros”.
Fonte:
Governo Federal
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