A ascensão dos streamings está abrindo brecha para a volta da pirataria?

Na última terça-feira (29), o Brasil ganhou mais um serviço de streaming, o HBO Max. A plataforma agora integra a longa lista de serviços do segmento disponíveis no país, que inclui outras grandes empresas como Netflix, Amazon Prime Video e Globoplay. Com a chegada da pandemia e com uma ampla variedade de opções, o mercado do entretenimento tem se expandido no Brasil.

É o que indica uma pesquisa realizada pela KPMG em 2021 com mil brasileiros. O estudo revela que 86% dos entrevistados acessam algum tipo de streaming, sendo que 47% aceitariam assinar mais de uma plataforma, dependendo do custo. Além disso, 78% aceitariam pagar algo a mais para obterem conteúdo extra, principalmente filmes recém-lançados (58%).

Foi o que aconteceu com o lançamento do filme Cruella, no Disney+. O live action foi disponibilizado pela empresa por R$ 69,90, além, é claro, do valor da assinatura. Apesar da boa recepção do filme pelo público e pela crítica, muitas pessoas questionaram o valor cobrado pela empresa.

"O que eu acho mais absurdo é que nem se a gente fosse ao cinema, com tela enorme e toda a experiência, o ingresso seria tão caro. Imagina então assistir em um streaming que a gente JÁ PAGA e ainda em casa", disse uma usuária no Twitter.

Quanto pagamos pelos serviços de streaming?

O curitibano Rafael Bellardo, de 26 anos, assina a cinco streamings e afirma que não troca os serviços. "Antes disso era complicado, porque assinávamos TV a cabo, ficando a mercê do horário escolhido pelo canal para assistir a um filme ou série. Em alguns casos, baixávamos ilegalmente", diz. Para ele, o principal benefício é a praticidade de ter uma infinidade de conteúdos disponíveis a qualquer momento.

Por outro lado, alguns usuários acreditam que a ampla disponibilidade de serviços pode gerar o efeito contrário e promover a volta da pirataria. "Com esse tanto de streaming o jeito vai ser voltar a usar Torrent", brincou uma usuária em referência à chegada do HBO Max.


Especialista em Propriedade Intelectual e Direito Digital, Márcio Costa explica que à medida em que os serviços de streaming crescem, as plataformas ilegais acompanham o ritmo. Segundo ele, a tendência é aumentar, já que é um mercado altamente valioso para os criminosos. "Os piratas não investem em infraestruturas de transmissão, que são investimentos altíssimos, não pagam por aquisição legal de conteúdos e, principalmente, não recolhem impostos", explica.

Para se ter noção, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), a pirataria na área de TV por assinatura causa mais de R$ 15 bilhões de prejuízo ao setor, e mais de R$ 2 bilhões em perda de impostos.

Em contrapartida, o diretor na América Latina da Gracenote, Sundeep Jinsi, afirma que ainda é cedo para dizer se o aumento de streamings deve gerar mais pirataria, mas não descarta que a ascensão pode ter efeito reverso.

"A oferta de conteúdo está sendo cada vez mais fragmentada. Ou seja, será necessário contratar vários serviços para poder ter acesso ao conteúdo de seu interesse. Assim, a conta mensal aumenta e a tendência é de aparecerem soluções 'não convencionais' para as pessoas que não estão dispostas a pagar por três ou mais plataformas", explica.

Volta da TV a cabo?

A ampla variedade de streamings tem feito algumas pessoas se questionarem sobre a praticidade e, consequentemente, economia das assinaturas. Assim, os planos de TV a cabo voltaram para a discussão. Por isso, separamos os preços de pacotes básicos ofertados pelas principais operadoras para comparar com os planos de streaming. Confira:

  • Sky: o pacote mais simples, com 134 canais, custa R$ 99,90 após o primeiro mês. O mais caro, com 195 canais sai por R$ 179,90;
  • Oi: o pacote mais simples, com 126 canais, custa R$ 199,90 por mês. Já o mais caro, sai por R$ 299,90 por mês e conta com 190 canais;
  • Vivo: o pacote básico mensal, com 42 canais, custa R$ 109,99, sendo que o mais caro, com 103 canais, sai por R$ 269,99;
  • Claro: o mais barato, com 100 canais, sai por R$ 89,90; já o mais caro, com mais de 250 canais, sai por 139,99.

A quantidade de canais de cada pacote, preços e condições pode variar de acordo com a região. Todos os valores foram retirados dos sites das operadoras.

Jinsi afirma que os streamings não são tão rivais do mercado de TV a cabo como eram anos atrás. "Ao longo do tempo, eles perceberam que não havia como brigar com os streamings. Por isso, criaram plataformas que juntavam o melhor de cada serviço: TV 'convencional' para os mais tradicionais e streaming sob demanda para quem quer mais praticidade", explica. Uma das plataformas  mais antigas que uniu "o melhor dos dois mundos" foi o Telecine Play, por exemplo.

Streamings gratuitos

Além dos serviços de streamings por assinatura, também é possível acessar plataformas que estão disponíveis gratuitamente. Entre as opções estão Pluto TV, Plex, Vudu, LGBTQIA+Flix, Porta Curtas, Afroflix e VIX. O HBO Max também permite que os usuários acessem a episódios de algumas séries, incluindo Euphoria, Friends e The Big Theory, gratuitamente.


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Fonte
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KPMG
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