'Jurassic World Domínio': Tradição das sequências no terceiro filme são seguidas e fãs temem em assistir; Veja o trailer

Em 2 de junho, chegou aos cinemas o fim de uma das franquias mais míticas das últimas décadas. Jurassic World: Domínio não só dará o toque final na trilogia estrelada por Chris Pratt e Bryce Dallas Howard, mas também em Jurassic Park, graças ao retorno de Laura Dern, Sam Neill e Jeff Goldblum; o trio de atores da saga original. 


Existe um momento em "Jurassic World: Domínio", quando a cientista Ellie Sattler (Laura Dern) reencontra o paleontólogo Alan Grant (Sam Neill), em que a aventura, até então arrastando-se sem encontrar seu ritmo, parece que finalmente vai decolar.



O novo filme mostrará os dinossauros coexistindo com os humanos desde o grande evento do filme passado, Jurassic World: Reino Ameaçado (2018), mas os fãs estão com medo de assistirem ao novo longa.

A faísca está ali, alimentada por dois atores que obviamente estão se divertindo horrores ao retomar seus personagens mais emblemáticos. São as peças que aparentemente faltavam se mover no tabuleiro. Logo, a engrenagem narrativa é colocada em movimento e então... Nada acontece.



Isso resume bem o blockbuster assinado por Colin Trevorrow, que volta ao comando da série depois de um hiato de sete anos e de um filme "do meio" dirigido por J.A. Bayona. Ao fim de duas horas e meia, com uma dezena de personagens zanzando em tramas paralelas, a sensação é que a história não foi para lugar nenhum.

 'Jurassic World Domínio' - Universal

Laura Dern e Alan Grant alimentam a nostalgia em 'Jurassic World: Domínio'
Imagem: Universal

Não é um sentimento estranho quando pensamos na série iniciada há quase três décadas por Steven Spielberg. Mesmo evitando usar o termo "clássico" para um filme que eu assisti em seu lançamento, é a palavra que melhor descreve "Jurassic Park".



Ao adaptar o livro de Michael Crichton, Spielberg criou uma aventura que efetivamente mudou a história do cinema. Não somente por seus predicados narrativos, uma montanha-russa de puro júbilo cinematográfico, mas pelo uso pioneiro da tecnologia digital para recriar um mundo, até então, perdido.


Antes de "propriedade intelectual" ser a expressão vigente nos planos dos estúdios, a fortuna arrecadada por "Jurassic Park", um sucesso de US$ 1 bilhão, mostrou que havia mais a ser espremido do encanto em ver dinossauros realistas no cinema.




O problema é que esse encanto é quase impossível de ser reproduzido. O próprio Spielberg tentou na sequência "O Mundo Perdido", que quatro anos depois do primeiro filme mostrou o salto evolucionário da tecnologia a serviço de um roteiro que não saia do lugar.


Assim aconteceu também com o já esquecido "Jurassic Park III", que Joe Johnston fez em 2001, e com a nova trilogia iniciada em 2015 por "Jurassic World". Por mais que os filmes tentem - e eles tentam com força! -, nenhum deles consegue ir além de ser uma cópia mal acabada do original.



"Jurassic World: Domínio" sequer faz esforço. Ao lado da pseudociência e do papo sobre a responsabilidade em recriar criaturas extintas, o novo filme repete a luta pela sobrevivência na selva (não uma ilha, agora um vale), traz uma corporação malvada tentando explorar os dinos financeiramente e, por fim, termina com dois super dinossauros se enfrentando.




Não que faça muita diferença, já que em "Domínio" os dinossauros são, sem nenhum exagero, irrelevantes. O final de "Reino Ameaçado", lançado em 2018, sugeria que as criaturas não estavam mais contidas em um ambiente controlado, e sim dividindo o resto do planeta conosco.


Seria uma premissa interessante, se ela fosse remotamente seguida. O que temos, entretanto, é o casal Owen Grady (Chris Pratt) e Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) isolado nas montanhas, protegendo a adolescente Maisie Lockwood (Isabella Sermon), revelada no filme anterior como clone da filha de um dos fundadores do parque original, das garras de inimigos invisíveis.



Ela finalmente é capturada pela corporação chefiada por Lewis Dodgson (Campbell Scott), que na superfície prega a sobrevivência dos dinossauros soltos pelo mundo, mas que sequer tenta disfarçar seus objetivos financeiros. Maisie é levada para a sede da empresa, um imenso santuário para dinossauros no coração da Europa. Owen e Claire, claro, partem em seu resgate.


Paralelamente, Ellie Sattler investiga uma praga de gafanhotos gigantes geneticamente modificados que parecem executar ataques programados, colocando em risco o estoque de alimentos do planeta. Ela busca a ajuda de Alan Grant e os dois se reúnem com o matemático Ian Malcolm (Jeff Goldblum) - onde mais - na mesma sede corporativa/santuário que mantém Maisie prisioneira.



O encontro do elenco dos novos filmes com o time da aventura original tem seu charme, mas nenhuma das tramas tem a ver com dinossauros, e sim com a ameaça de uma corporação malvada. Sem uma visão artística sólida para amarrar as partes, como o subtexto de poder e responsabilidade no filme de 1993, o que resta é uma aventura eficiente e genérica.


Ainda assim, "Jurassic World: Domínio" é extremamente bem produzido, funcionando com eficiência como espetáculo visual. Colin Trevorrow é habilidoso em construir sequências de ação que conseguem alguma tensão - mesmo que as melhores sejam um copy/paste descarado de cenas superiores de "Jurassic Park". Não é, contudo, ao acaso.


 Bryce Dallas Howard, Isabella Sermon e Chris Pratt em cena de 'Jurassic World Domínio' — Foto: Reprodução

Os realizadores de "Domínio" sabem que nostalgia é a moeda corrente do cinemão hollywoodiano atual - o sucesso de "Top Gun: Maverick" é a maior evidência. Evocar a lembrança bacana de um produto admirado por gerações é a melhor ferramenta para compensar as deficiências da mercadoria atual.


A maior delas é que, não somente os dinossauros no novo filme são inconsequentes, mas tudo o que acontece em torno deles é igualmente irrelevante. Apesar das possibilidades abertas em "Reino Ameaçado", um filme imperfeito mesmo com grandes momentos, "Domínio" opta pelo caminho da inércia. As questões filosóficas e existenciais levantadas em "Jurassic Park" tem amplo espaço para se desenvolver, mas o caminho escolhido é o do conformismo.



"Jurassic Park" e, agora, "Jurassic World", são marcas bilionárias, propriedades intelectuais que alimentam uma indústria vasta, de parques temáticos a produtos colecionáveis. Dinossauros exercem um encanto inegável na humanidade, e não tenho dúvida que "Domínio" vai arrastar multidões ao cinema.


Como manifestação criativa, porém, 'Jurassic World: Domínio' é uma obra apática. Talvez a ideia do retorno dos dinossauros via pesquisa genética fosse boa o bastante para um tiro, que Steven Spielberg disparou em 1993 ao fazer de "Jurassic Park" uma obra-prima do cinema moderno.



Chris Pratt em cena de 'Jurassic World Domínio' — Foto: Divulgação


Talvez tudo que houvesse a ser dito sobre o tema foi esgotado ali, quando o ser humano reconhece sua pequenez ao escapar de um parque agora tomado por criaturas que desafiam nossa compreensão.


Talvez nem todo filme grandioso e milionário devesse ser embalado para consumo em variações inferiores. O próprio Spielberg foi incapaz de recapturar o gênio na garrafa. Os artistas que o seguiram no mundo de "Jurassic Park" nunca tiveram a menor chance.


Fonte:
Vovo GaTu


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