Os suspeitos fazem parte de um grupo criminoso que comercializava links para acesso a conteúdos de plataformas de streaming e canais por assinatura, semelhantes ao TV Box.
Durante a operação, a PCMG conseguiu retirar do ar 675 sites, 14 aplicativos e cumpriu 30 mandados de busca e apreensão em várias localidades, tanto no Brasil quanto no exterior.
Um dos detidos foi flagrado em sua residência, onde foram encontrados painéis utilizados para a comercialização do streaming pirata e um computador responsável pela administração das assinaturas.
Renda Ilegal e Lavagem de Dinheiro
O principal suspeito, um ex-servidor público estadual, obteve um rendimento mensal de aproximadamente R$ 200 mil,
valor considerado incompatível com sua função legal. Além de responder
pelo crime de pirataria, ele também será investigado por lavagem de dinheiro, devido à compra de carros de luxo à vista através de transações Pix.
A delegada Cristiana Angelini, da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Cibernéticos, destacou que o suspeito administrava mais de 2 mil assinaturas ativas e registrava outras 4 mil. “Eles cobravam uma assinatura mensal que variava em torno de R$ 45 ou R$ 190 pela assinatura anual”, explicou.
Combate à Impunidade na Internet
A delegada enfatizou a importância de desmistificar a ideia de anonimato na internet. "Nos crimes cibernéticos, as pessoas acreditam que estão seguras atrás do computador. O objetivo da Polícia Civil é mostrar que a internet não é uma terra sem lei e que existe um rastro que conseguimos desvendar", afirmou.
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