Visando a redução de custos, a Disney anunciou uma curiosa ação em relação aos serviços de streaming.
A gigante do entretenimento planeja remover certos conteúdos dos catálogos do Disney+ e outras plataformas, seguindo os passos do concorrente HBO Max.
A surpreendente notícia foi revelada pelo CEO Bob Iger durante uma conferência sobre os resultados financeiros da empresa na última quarta-feira (10). O executivo explicou aos acionistas as razões por trás da medida.
“Percebemos que criamos muitos conteúdos que não colaboraram com o crescimento, por isso ficamos muito mais cirúrgicos sobre o que fazemos. Então, enquanto procuramos reduzir os gastos, tentamos fazer de uma forma que não tenha nenhum impacto para os assinantes”, disse o executivo.
Bob Iger retornou ao comando da Disney em novembro de 2022.
Lançado a três anos e meio, Iger destaca que o objetivo inicial do Disney+ era aumentar o número de assinantes globais e encher as "prateleiras digitais”. Contudo, seguindo a tendência da indústria, a marca precisou se concentrar na receita e realizar cortes.
Para isso, uma das estratégias será descobrir os conteúdos que realmente atraiam novos assinantes.
Além disso, a empresa irá trabalhar com a divulgação de grandes
projetos de sustentação, como os filmes estreiam inicialmente no cinema.
Iger cita que um dos problemas do marketing era não investir de forma assertiva na promoção dos novos longas que chegam no Disney+. Algo que deve mudar no futuro com os grandes lançamentos, como A Pequena Sereia e Guardiões da Galáxia Vol. 3.
Reestruturação na Disney
Christine McCarthy, CFO da Disney, cita que a companhia está realizando um excelente progresso nas iniciativas de redução de custos. Entretanto, a executiva revela que a empresa assumiu cerca de US$ 150 milhões de encargos de reestruturação.
Recentemente, a marca anunciou a demissão de 7 mil funcionários com a intenção de gerar uma economia de custos de R$ 5,5 bilhões. Paralelamente, o Disney+ perdeu 2,4 milhões de assinantes no primeiro trimestre de 2023.
“Removeremos determinados conteúdos de nossas plataformas de streaming e esperamos receber uma cobrança de depreciação de cerca de US$ 1,5 a 1,8 bilhão no 3º trimestre. No futuro, pretendemos produzir volumes menores de conteúdos em alinhamento com essa mudança estratégica”, menciona a executiva.
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